quinta-feira, 21 de agosto de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Desejo e Reparação

“You can only imagine the truth”
(“Você só pode imaginar a verdade”)



Poucos filmes merecem discussões e longas conversas de botequim acerca de suas histórias. Contudo, quando merecem, não podemos perder a oportunidade de comentar e abrir o debate sobre suas qualidades e afins. Ou no caso, postar meus comentários em um blog frio e distante do espaço virtual.
Não existe no panorama literário atual nenhum autor ou autora que tenha proporcionado tanto marco na literatura norte-americana e/ou inglesa, e consequentemente mundial, por suas qualidades de escrita e narração de histórias cativantes, como houve outrora Jane Austen, Ernest Hemingway, Lewis Caroll, enfim, autores que foram, sem dúvida, discutidos, venerados, e no cinema, adaptados.
Na trilha do sucesso desses grandes novelistas, figuram, contemporaneamente, inúmeros escritores que tentam de várias maneiras serem tão geniais quanto seus predecessores, como, por exemplo, o já consagrado José Saramago. Mas o caminho se intensifica para Ian McEwan, autor de Atonement (Reparação é o título nacional do livro). Após alguns romances, McEwan era tido pela crítica britânica como um bom escritor (suas histórias já eram conhecidas como instigantes e reflexivas), contudo entediante. Mas Atonement eliminou o tom rude dos críticos para com ele. Em seu romance épico passado ao longo da segunda guerra mundial, tempo difícil para se erigir uma história, a narrativa acompanha o olhar aflito e mimado de Briony Tallis, filha caçula de uma família tipicamente aristocrata que, com uma imaginação extremamente fértil, característica dos que se aven
turam pelo mundo da escrita, vê sua irmã Cecília se despir na frente do caseiro Robbie. Obviamente, a pequena Briony não sabia que sua irmã era uma moça a frente do seu tempo, desafiadora das rígidas imposições sociais acerca da figura feminina que podavam as mulheres no início do século XX. E principalmente, ao flagrar Cecília ensaiando um sexo desajeitado na biblioteca da mansão com Robbie, ainda muito pequena, não podia imaginar que aquilo era amor. Se sabia, entretanto, nutria uma paixão platônica pelo namorado da irmã, mas não poderia supor que seu possível ato de um quase ciúme causaria tanta tristeza.
Questionando a inocência, os sentimentos, as relações sociais em época tão conturbada entre guerras, mas principalmente a verdade de cada um, Ian McEwan deixou todos os críticos literários aos seus p
és, pois com uma história forte e contundente questionou o seu próprio papel de escritor e a função da escrita. Além disso, usando de vários cortes e elipses temporais, ele mescla as diferentes percepções e pontos de vista da história que Briony acompanha e dos envolvidos efetivos no caso criando, além de uma narração, uma discussão intertextual que permeia todo o crescimento da história. Ou seja, o escritor discute a noção estética e a criação ficcional da narração, a partir da própria análise dela.
Minha análise é um exemplo, embora muito superficial, de quão complexo é a escrita de McEwan. Tente imaginar tantos detalhes, descrições e propostas sendo adaptadas para a estrutura de um filme. Pois é, foi o que aconteceu em 2007. O filme Atonement ficou a cargo da direção de Joe Wright, que havia anteriormente comandado a adaptação do romance Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Wright realizou a
árdua missão de transformar palpável todo um universo de questões existenciais, sociológicas e filosóficas propostas pelo livro, e conseguiu; Desejo e Reparação, nome que a película recebeu no Brasil, foi um dos filmes mais aclamados pela crítica no ano passado, concorrendo a sete prêmios Oscar – incluindo melhor filme – e abocanhando dois Globos de Ouro (melhor filme e trilha sonora) e dois Baftas (a versão britânica – e menos tendenciosa – do Oscar), o de filme e o de direção de arte. Mesmo com um currículo de premiações invejável o filme foi injustiçado: merecia muito mais. A direção de Joe Wright foi fundamental para o sucesso do filme associado ao roteiro adaptado por Christopher Hampton. Tal união pôde proporcionar uma das melhores adaptações literárias do cinema contemporâneo, sendo eleita por vários críticos como praticamente perfeita. Realmente, é quase unânime tal apontamento, pois o ambiente composto, tanto de história, quanto de debate, por McEwan é fantástico e muito peculiar, afinal, como adaptar visivelmente uma história, sendo que a discussão dela é justamente a diferença dos pontos de vistas e com isso das distintas versões da verdade?
Tudo isso foi recriado com meticulosidade e fidelidade à história com apoio de uma fotografia fabulosa, uma direção de arte impecável, um elenco afiadíssimo (com a presença de Keira Knightley, indicada a estatueta máxima por Orgulho e Preconceito, com isso se tornou “musa” do diretor, James McAvoy, um ótimo ator em franca ascensão, Vanessa Redgrave, veterana já há muito consagrada e a surpresa mirim, Saoirse Ronan, que incorpora Briony de uma maneira muito intensa, pouco vista no cinema. A menina, literalmente dá “vida” a personagem da história – tanto que por sua in
terpretação foi indicada ao Oscar) e a trilha sonora composta por Dario Marianelli agraciada com o Oscar deste ano, que mescla barulhos de uma máquina de escrever as músicas, criando um ambiente único para a narrativa, afinal, estamos falando entre outras coisas, fundamentalmente, do ofício da escrita e suas implicações (em qualquer instância).
Não pretendo estragar todo o discorrer da história do jovem casal Cecília e Robbie, que acabam sofrendo pra vida toda por conta da má interpretação que Briony faz acerca do relacionamento deles a partir de um episódio lastimável e conturbador na rotina da abonada família Tallis. Mas vale lembrar que atonement em inglês significa expiação, isto é, a tentativa de se redimir de culpa a partir do sofrimento das conseqüências, ou seja, a busca da “protagonista” Briony é de se livrar da culpa que ela passou
a carregar a partir do momento que estragou vidas envolvidas em uma grande história de amor.
Além de todas as discussões que emergem tanto no livro, quanto no filme, sem dúvida, livrarmo-nos das culpas e tentarmos encontrar uma maneira de nos redimir acerca de tudo que fazemos de errado e perceber as coisas como elas, talvez, sejam para os outros – não a verdade coletiva, mas a verdade para cada um, isto é, a
liberdade do indivíduo – é um dos motivos da existência humana, senão, o maior. E por isso que a obra contemporânea de Ian McEwan se prostra tão grandiosa perante a história da literatura e certamente se iguala aos grandes nomes da escrita, e por isso também que o filme se posiciona como uma das melhores adaptações literárias do cinema atual.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Lançamentos Empoeirados

Demorei, mas vim para comentar os lançamentos que agora, depois de minha demora, já são praticamente antigos. Sem mais delongas, vou direto ao assunto, pois venho tratar de quatro películas diferenciadas.
A primeira delas trata-se de uma comédia romântica – e quem diria – eu perderei algum tempo comentando. P.S. Eu Te Amo (2007), antes que alguém cresça suas esperanças em cima, é em suma um filme de clichês, feito sob os mais puros e repetidos moldes de todos os romances que derretem amores nas telonas e telinhas desde o surgimento de Hollywood. Contudo, entretanto, porém, temos no elenco Hilary Swank, ótima atriz que já arrebatou dois Oscar advindos de filmes muito bons: um por Meninos Não Choram (1999) e outro por Menina de Ouro (2004). Seu par póstumo no filme é Gerald Butler (ele morre no começo do filme, mas continua a aparecer em flash-backs), conhecido como o Leônidas do filme 300 (2006) ou como O Fantasma da Ópera (2004). A despeito de suas interpretações em papéis de homens grandiosos e fortes, em ‘P.S.’ ele faz um marido carinhoso e imprevisível, que prova que os homens tem falhas, mas tentam acertar – e muitas vezes conseguem, mesmo sem tempo. O trunfo do filme é justamente pela presença cativante dos dois e pelos números musicais entoados pela dupla. De resto, o filme – infelizmente – é mais do mesmo, e o restante do elenco que inclui Phoebe Buffay (isto é, Lisa Kudrow do seriado Friends), parece estar fora de ritmo (ou fora de forma).
Mantendo os lenços na mão, disponível também se encontra O Caçador de Pipas (2007), baseado no maior best-seller contemporâneo escrito por Khaled Hosseini. Um filme que tinha tudo para ser muito bom, padece de uma adaptação rasa e pouco construtiva acerca da história literária. Embora a direção estivesse a cargo do competente Marc Foster (praticamente tudo que ele fez é assistível, tal qual, A Última Ceia [2001] e Em Busca da Terra do Nunca [2004]), o filme não consegue decolar e fica na mesmice de outros dramalhões fílmicos. A história forte do livro, vira novela que se salva por atuações sinceras de ilustres semi-desconhecidos, chamando atenção para as crianças do início, e pela trilha sonora de Alberto Iglesias, já veterano, várias vezes indicado ao Oscar – inclusive por essa trilha – que fez uma incursão nos sons do Oriente Médio e soube compor algo original e fiel ao contexto geográfico e cultural do filme.
Na tentativa de sair do comum, mas de modo um tanto melhor sucedido, surge 30 Dias de Noite (2007). O filme é também uma adaptação (ps: o filme ‘P.S.’ também o é), dessa vez de uma graphic novel, trazendo “a vida” a história de uma cidadela no Alasca que fica 30 dias em total escuridão, sem a presença do sol durante o inverno. Essa “lenda” é verdade, contudo a região passa muito mais tempo no escuro do que na história. Dando os descontos necessários, durante esse tempo uma legião ancestral de vampiros arma um esquema aprisionando todos os moradores na cidade e iniciando um banquete sem conseqüências. Até aqui nada de novo, o que o filme faz é colocar o espectador colado aos personagens em um clima de tensão pouco sucitado no cinema. A direção de David Slade de Menina Má.Com (2005) já apresentava, neste, um sufuco peculiar. Com as devidas diferenças, “30 dias” é superior ao primeiro filme do diretor e consegue nos deixar agoniados, coisa que os filmes de terror/suspense atuais já não fazem há tempo.
Para terminar, o queridinho da vez é Na Natureza Selvagem (2007), dirigido pelo brilhante ator Sean Penn. Sean já havia realizado incursões por detrás das câmeras na década de noventa, mas nada tão tocante quanto essa história. Trata-se (surpresa!) também de uma adaptação, desta vez do livro de John Krakauer, a respeito da vida de Alex Supertramp, um candidato a “playboy”, bem nascido e graduado que resolve largar sua família, suas coisas e tudo o mais e andar pelo país em direção ao Alasca (o mesmo do filme acima!). Nesse caminho, além de encontrar figuras, como ele, tangentes a sociedade, ele passa por diversas situações que ao mesmo tempo em que o ajudam a engrandecer sua alma não corroboram pra sua força motriz inicial. Com várias performances interessantíssimas, com destaque para o mais do que promissor Emile Hirsch (príncipe atual dos filmes independentes como Os Reis de Dogtown [2005] e Heróis Imaginários [2004]) e Hal Holbrook, que foi indicado para a estatueta de ator coadjuvante este ano, o filme possui uma direção equilibrada e sensível, sendo ao mesmo tempo juvenil com uma trilha sonora beirando a perfeição apresentando músicas originais compostas por Eddie Vedder, líder de voz rouca e pronfuda do Pearl Jam. Não há nada para reclamar. Pelo menos por enquanto.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Lançamentos de Novo!

Eis que a safra de filmes válidos retoma espaço no mercado dos DVD’s para entretenimento pessoal. Desse modo eu posso – com gosto – comentar algumas das melhores películas feitas atualmente. Minha seleção semanal da vez abarca, contudo, dois filmes tipicamente ‘blockbusters’, mas que, eu tentarei – com efeito, ou não - explicar a importância de ambos.
Pretendo elencar os filmes da maneira como eu já venho realizando: começando pelo menos exitoso até a minha preferência particular. Antes que me condenem, o menos exitoso não possui seu grau de mérito vinculado as minhas preferências. Contudo a minha preferência está diretamente ligada ao fato dele possuir méritos ou não – é óbvio, certo?
Mais conhecido como um dos grandes fracassos de 2007 chega ao home vídeo A Bússola de Ouro (2007). Dirigido pelo semi desconhecido Chris Weitz que havia feito antes algumas comédias bem presas ao gênero como Um Grande Garoto (2002), estrelada por Hugh Grant (deu pra captar o nível, não?) o filme tinha por missão ser a nova mina de dinheiro e público da produtora New Line, genitora da maior trilogia da história do cinema O Senhor dos Anéis. Contudo sua proximidade com a trilogia de sucesso cerrou-se em ser apenas advinda do mesmo lar. Adaptada também do primeiro livro de uma trilogia escrita por Phillip Pullman, A Bússola de Ouro apostou num elenco estelar, mas errou feio em recriar as questões elucidadas pelo autor. Nicole Kidman, Daniel Craig (atualmente conhecido como James Bond), Eva Green (conhecida também pela proximidade com James Bond – foi a última Bond Girl) não conseguiram ganhar o público que não comprou as idéias propostas.
A trilogia conhecida como Fronteiras do Universo, ficou famosa, pois o autor soube mesclar um universo fantástico e paralelo com questões fundamentais a modernidade, tal e qual, o questionamento da Igreja Católica, a manipulação do povo pelo governo e até, indiretamente, as questões das diversas realidades propostas pela Física Quântica. Tudo isso acompanhando a história de Lyra Belacqua, uma espécie de escolhida, que é a única que entende a engenhoca de ouro que prevê o futuro. Entretanto o roteiro do filme optou por amenizar as questões profundas, retirando inclusive os aspectos pessimistas da obra de Pullman, transformando o filme em “ninguém segura essa criança” com cenários e paisagens gigantescos e belíssimos. Aliado a tecnologia de ponta, o filme arrebatou de surpresa o Oscar de efeitos visuais, deixando pra trás os favoritos Piratas do Caribe. Vale se você quer comprovar a tese de que Nicole Kidman tem pouca paciência pra crianças e animais, já que, em vários filmes ela mete um safanão em um deles (vide Os Invasores [2007]).
Com a criatividade igualmente limitada como a do primeiro filme, aparece também disponível Eu Sou A Lenda (2007), encabeçado pelo fenômeno de público Will Smith. O filme é pouco criativo, pois trata de uma epidemia que assolou o mundo deixando, principalmente, ‘New York’ abandonada e destruída. Você já viu isso antes (várias vezes), correto? Pois é. O filme inclusive foi adiado 5 anos, pois quando foi concebido surgiu nos cinemas o sucesso indie Extermínio (2002), dirigido com brilhantismo por Danny Boyle de Trainspotting (1996), o qual contava, por sua vez, a história de uma epidemia que se espalhou rápido pela Inglaterra, transformando todos em zumbis. Sem espaço então, para competir com a mesma idéia, Eu Sou A Lenda pode ressurgir nos dias atuais aliando-se a ótimos efeitos especiais. O diretor Francis Lawrence (que fez Constantine [2005]) soube construir uma história, que por mais avessa a realidade, parecesse plausível e sensata. O tom de desespero e solidão que imperam no filme traz uma carga de verossimilhança extremamente saudável pra história. O filme peca no visual dos “vampiros” criados pela epidemia – surgida a partir de uma mutação genética que visava a cura do câncer – pois eles não combinam nada com a realidade. Contudo acerta bonito na escolha da ótima atriz brasileira Alice Braga, que surge no final do filme para adicionar uma esperança a mais a história fatalista da película.
Por fim temos o espetáculo visual e sonoro Across The Universe (2007) concebido pela diretora Julie Taymor, que tinha dirigido anteriormente Frida (2002), mas que possui uma ótima experiência teatral, pois foi diretora do espetáculo O Rei Leão na Broadway. O filme fez o que há tempos muitos haviam pensado, mas ninguém tinha feito: um musical embalado com músicas dos Beatles. As músicas da banda histórica servem para embalar o romance de Jude e Lucy, ele escocês que vem aos E.U.A em busca de seu pai e ela típica filha de classe média norte-americana que tem o primeiro namoradinho morto na, então, em ebulição, Guerra do Vietnã. Aliados ao irmão da garota, eles se mudam para uma Nova Iorque fervendo artisticamente, com o início de movimentos contra guerra e conflitos, entre eles, o forte e bonito movimento Hippie. Na Big Apple eles cruzam os caminhos com dois músicos que homenageiam simbolicamente artistas que influenciaram toda a geração nascente – assim como os Beatles – Jimmi Hendrix e Janis Joplin. Com participações especiais memoráveis de Bono Vox, Joe Cocker e Eddie Izzard o filme monta uma esfera onírica em contraponto a dura realidade da juventude do período, desfilando belas releituras das canções já bem conhecidas com um visual afiado e cativante. Um trunfo muito bem vindo de uma safra fílmica que tem se tornado cada vez mais morna e padronizada. No elenco estão a bela Evan Rachel Wood (indicada ao Globo de Ouro por seu papel no controverso em Aos Treze [2003]), e os promissores Jim Sturgess, em exibição encabeçando o elenco de Quebrando a Banca (2007) e Joe Anderson, que interpretou recentemente o sobrinho mimado de Beethoven em O Segredo de Beethoven (2006).
Espero que entre, tantas e distintas opções, as pessoas possam se sentir um pouco mais satisfeitas dentre a mediocridade de certas preferências cinematográficas. E tenho dito!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eram os Lançamentos Novos!?

Sim, eu sei. Faz alguns séculos que eu não escrevia aqui. Podem me culpar, jogar pedra, cuspir, o que quiserem. Eu não me importo.
Mau humor à parte, regresso na tentativa de manter a rotina de falar bem ou mal dos filmes que ocasionalmente chegam ao mercado de “home vídeo” e, para aqueles que têm acesso a tais, poderem saber alguma coisa antes de perguntarem besteiras acerca deles.
Desde meu último comentário até hoje muitos filmes ocuparam lugares as prateleiras cada vez mais vazias das lojas e estantes dos lares nacionais. E eu, sinceramente, não senti falta de comentar nenhum deles. Logo, espero que vocês se toquem e percebam que eles, talvez, não mereçam ser vistos! Acho que fui claro o bastante.
Meu retorno é levado por impulso para comentar dois filmes que não foram classificados como eventos principais em nenhum cinema, mas que de alguma maneira miraculosa (mais conhecida como marketing) estão causando certo furor entre os espectadores caseiros.
O primeiro é, por assim dizer, de peso. Trata-se de Os Indomáveis (2007), refilmagem do filme homônimo de 1957, desta vez dirigido por James Mangold, diretor do competente Johnny e June (2005). Pela segunda vez consecutiva seus filmes sofrem com a “brilhante” tradução brasileira e perdem a beleza de seus títulos originais. Os Indomáveis é na verdade 3:10 To Yuma e remonta ao que o filme realmente quer dizer: a luta contra o tempo. E Johnny e June tem por título Walk The Line, nome de uma das ótimas canções de Johnny Cash e que, também, tem muito mais a ver com a cinebiografia sofrida do artista, isto é, ande na linha.
No embalo do regresso as raízes do oeste, o gênero de western moderno ganha mais um membro. No filme, Christian “Batman” Bale, pai de família pacato e semideficiente, confronta o temido bandido Russel “Gladiador” Crowe. Ambos fazem de seus personagens maiores do que o próprio filme, aliados a figura enigmática (e de voz irritante) do ator Ben Foster, mais conhecido como o Anjo do filme X-Men: Confronto Final (2006) e que vem despontando como ator promissor, apostando em papéis, às vezes pequenos, porém de muita intensidade. Na trama o pai falido e sem esperança faz um acordo com o xerife local para participar da prisão do temível bandido que acabara de saquear um transporte do banco do vilarejo. Completamente perdido, sem saber o que estava fazendo e precisando muito de dinheiro, o personagem de Bale acaba por ter de transportar o bandido, após sua captura, para pegar o trem para a prisão de Yuma, que partia às 15h10. No trajeto muita correria, sangue e bravura. E se o filme parece, até seu meado, mais um filme de ação disfarçado aguarde pelo fim.
O segundo filme que eu resolvi comentar não só foi ignorado pelo cinema, como sofreu e sofrerá o preconceito do espectador comum. Isso porque no elenco temos a oscarizada super-estrela Nicole Kidman, aliada a Jennifer Jason Leigh (atriz de reputação menor, mas de igual talento vista em Estrada Para Perdição [2002]) e o enfadonho – mas fofinho – Jack Black. Margot e o Casamento (2007) é a mais recente realização do polêmico e sem meios termos, Noah Baumbach, indicado ao Oscar pelo roteiro de seu anterior – e excelente – filme A Lula e a Baleia (2005). Ele regressa ao ambiente familiar caótico e disfuncional para vivenciar o drama de uma escritura que tem de voltar a casa em que cresceu, para o casamento de sua irmã mais nova – com a qual não falava há um tempo - atual proprietária do lar. Em meio a memórias e frustrações, Margot tem de lidar com sua ineficiência eminente como mãe do garoto andrógino Claude, o fim do seu casamento e o caso com um colega de trabalho e também escritor, motivo real dela ter ido até sua cidade natal.
Os diálogos são perfeitos no filme e as situações instigantes e de humor extremamente refinado. Baumbach passeia pelo complexo ambiente familiar e todas as conseqüências psicológicas que as relações trazem ao presente e ao futuro. A personagem Margot traz um desequilíbrio constante às pessoas em volta dela e maior a sua própria vida. Mas ao invés de causar uma grande epifania moral nas pessoas, ela mesma, a duras penas, percebe que certas coisas nunca vão mudar e/ou melhorar. O desequilíbrio constante torna-se estagnação. A própria irmã, Pauline, alerta de sobrinho no filme que a mãe mudava sempre de idéia. Margot muda tanto de idéia que acaba onde começou: no mesmo lugar. AH! O filme tem um problema, sim! Jack Black. Precisa dizer algo a respeito?
Ficamos por aqui na minha sessão “revival” de exercício da escrita. Espero poder, em breve, dividir mais um pouco sobre filmes que – realmente – valham a pena comentar.

Bang, Bang Você está morto!!! (Bang Bang You're Dead)

Existem milhares de filmes de escola. poucos se destacam de verdade. exemplos que sempre lembro são: Sociedade dos Poetas Mortos, Mentes Perigosas, Clube dos Cinco e o mais recente Escritores da Liberdade. Mas poucos tem a profundidade de Bang Bang, um filme forte, poderoso e que aborda um assunto super pesado, o de alunos que matam outros alunos. O filme é fantastico, verdadeiro e muito bem dirigido(Guy Ferland , do horrível Dirty dancing 2) tendo Ben Foster ( o anjo de x-men 3) e Thomas Cavanagh (que eu saiba só fez porcaria como o drama/terror sublime) no elenco.
Vale muito a pena assistir, mas infelismente como foi feito para tv, nunca saiu em dvd por aqui, só la fora... quem sabe agora que Ben Foster está ficando famoso eles não lançam? Esperaremos...



8 Lobinhos


Bang.Bang.Youre.Dead.2002.DVDRip.DivX-SAPHiRE

sábado, 26 de abril de 2008

Revolver


Ainda sem titulo em português e ate onde eu saiba, sem data pra vir pra cá, o ultimo filme da trilogia... Muito bom, mas beeem diferente dos anteriores....
7 Lobinhos

Snatch - Porcos e Diamantes (Snatch)


O segundo da Trilogia... fantastico uma das melhores atuações do Brad Pitt....












8 Lobinhos



Jogos, Trapaças e dois canos Fulmegantes (Lock, Stock and Two Smoking Barrels)


Vou postar os 3 do guy... começaremos por esse.... na minha opinião o melhor de todos!!!
9 Lobinhos

sexta-feira, 11 de abril de 2008

POKEMATRIX

PokeMATRIXAsh Anderson está dormindo em frente ao seu computador quando algumasmensagens estranhas começam a aparecer:"Acorde, Ash...A PokeMATRIX controla vocêSiga a estrada de tijolos amarelos,digo, siga o Pikachu branco ...Toc, toc, Ash..."Alguém bate na porta do apartamento de Ash:[Ash Anderson] - Sim? ...[Amigo de Ash] - Vim pegar o disquete do emulador do Game Boy ...[Ash Anderson] - Não quer entrar para tomar uma xícara de café?[Amigo de Ash] - Você anda assistindo muito Chaves, cara[Ash Anderson] - É isso Você já assistiu um episódio do Chaves que é tãomanjado que você chega a pensar que é inédito?[Amigo de Ash] - O tempo todo, isso se chama "reprise"... Nós vamos sairpara farrear no Bar "Ostra Azul". Por que você não vem com a gente?[Ash Anderson] - Melhor não, é que eu quero evitar a fadiga... Quando iafechar a porta de seu apartamento, Ash Anderson olha para o ombro de uma dasgarotas e para o seu espanto vê uma tatuagem de um Pikachu branco. Eleentende o sinal junta-se à eles.No Bar "Ostra Azul":[Trinity] - Olá, Ash...[Ash Anderson] - Como você sabe o meu nome?[Trinity] - Está bordado na sua cueca, você deixou o zíper da calça aberto.A propósito, meu nome é Trinity.[Ash Anderson] - Trinity dos filmes de faroeste italiano? Achei que vocêfosse um cara...[Trinity] - A maioria dos caras pensa assim. Cuidado, Ash. Você correperigo.[Ash Anderson] - Por que eu estaria em perigo?[Trinity] - Porque você está próximo da resposta da grande pergunta. Apergunta que trouxe você até aqui. Aquela pergunta que não sai da suacabeça. Você sabe que pergunta é essa, não sabe?[Ash Anderson] - "Quem é esse Pokemon?"[Trinity] - Isso mesmo. Não posso lhe dizer mais nada, que a força estejacom você, Ash.Ash Anderson acorda, e vê que está atrasado para ir para escola.Uma hora depois:[Prof. Girafales] - Você tem um problema com autoridade, Ash. Você pensa queas regras não se aplicam a você.[Ash Anderson] - É que comigo ninguém tem paciência...[Prof. Girafales] - Aqui na nossa escola se o aluno tem um problema, aclasse tem um problema. Você promete que vai estudar?[Ash Anderson] - Aritimética ou Geometria?[Prof. Girafales] - Tá, tá, tá, tááááá![Ash Anderson] - Tá bom mas não se irrite...Ash Anderson é dispensado da aula e fica jogando Pokemon no emulador de GameBoy do seu micro. De repente a tela se apaga e surge uma voz:[Morpheus] - Olá, Ash. Sabe quem sou eu?[Ash Anderson] - Morpheus? Como isso é possível?[Morpheus] - Eles estão atrás de você, Ash. Se quiser escapar, terá quefazer exatamente o que eu lhe mandar.[Ash Anderson] - Tudo bem, pode falar.[Morpheus] - Entre no prompt do MS-DOS e digite: "DELTREEC:\GIFS\TIAZINHA/Y"[Ash Anderson] - Como você sabe que eu tenho essa pasta? Isso é loucura, nãoposso fazer isso!Ash não segue as instruções de Morpheus e é capturado. Tempo depois, Ashcomeça a ser interrogado por sujeitos com cabelo colorido e camisa com um"R" estampado.[Ash Anderson] - Quem são vocês?[Agente James] - Sou o Agente James. Esta é a Agente Jessie e o AgenteMeowth. Me parece que você tem vivido duas vidas: Numa delas você é AshAnderson, aluno da 4º série de uma respeitável escola estadual. Na outravocê é Ash Ketchum, um mestre Pokemon portador de todas as insígnias que jáse ouviu falar. Vou ser o mais direto possível: Queremos que você desafieMorpheus para uma batalha Pokemon e o derrote![Ash Anderson] - Sem essa, eu conheço meus direitos! Tenho direito autilizar um Pokemon para me defender. Quero as minhas Pokebolas agora![Agente James] - Sr. Anderson, porque você iria querer um Pokebola se nãoestá em condições de lançá-la? Ash Anderson fica completamente imobilizado.Tempo depois ele acorda em seu apartamento. O telefone toca:[Morpheus] - Ash, sou eu, Morpheus. Se eles soubessem o que eu sei, a casaia cair procê, mano... Não posso falar mais nada por telefone. Precisamosnos encontrar...Ash Anderson é levado ao esconderijo de Morpheus, depois das devidasapresentações:[Morpheus] - Você sabe porque está aqui, não sabe? "O Pokemon". Você quersaber quem ele é.[Ash Anderson] - Sim, eu quero.[Morpheus] - Os Pokemons estão em todo o lugar. Estão em álbuns defigurinhas, chaveiros, bonés, camisetas. Você os vê quando liga a TV, acessaa Internet, come seu Elma Chips. Tudo isso para nos cegar da verdade.[Ash Anderson] - Que verdade?[Morpheus] - Que você é um Pokemon![Ash Anderson] - Como? Quer dizer que eu não sou humano?[Morpheus] - Você já nasceu como sendo um Pokemon. Preso em uma Pokebolaonde não se pode evoluir nem aprender novos golpes.[Ash Anderson] - Se isso é verdade, me responda: Quem é esse Pokemon?[Morpheus] - Infelizmente, ninguém pode lhe dizer quem é esse Pokemon. Vocêtem que ver por si só. Esta é a sua última chance: Você escolhe a Pokebolaazul e continua sendo o mesmo panaca que sempre foi , ou você escolhe aPokebola vermelha e eu lhe ensino a cantar o PokeRap dos 150 Pokemons.Lembre-se: Tudo o que eu lhe ofereço é a verdade, nada mais...Ash Anderson percebe que tem que tomar uma grande decisão, e que talvez ofuturo de toda a raça humana dependa disso. Ele olha para as duas Pokebolase mentaliza:"Minha-mãe-mandou-eu-esolher-este-daqui.Mas-como-eu-sou-teimoso-eu-escolho-este-daqui.Um-dois-três."E, por fim, aponta para a Pokebola vermelha.[Morpheus] - Está certo disso?[Ash Anderson] - Sim.[Morpheus] - Posso lhe mostrar?[Ash Anderson] - Pode.[Morpheus] - Não quer ajuda das cartas?[Ash Anderson] - Não.[Morpheus] - Não quer ajuda dos universitários no auditório?[Ash Anderson] - Não.[Morpheus] - Veja bem, minha função aqui é apenas orientar... Ash pega aPokebola vermelha.[Morpheus] - Siga-me...* FIM DA PARTE 1 *Cenas dos próximos episódios:Parte 2 - Morpheus explica a Ash Anderson como ele é de fato um Pokemon ecomo a Equipe Rocket criou a PokeMATRIX. Começa o treinamento de Ash para aliga Pokemon.Parte 3 - Morpheus leva Ash Anderson para ver o SQL/Server, para sejarevelado a ele se ele é o Pokemon predestinado. Ash Anderson resolveenfrentar um agente da Equipe Rocket numa batalha Pokemon.

sábado, 29 de março de 2008

Aqueles tais de Lançamentos

Lembra que eu havia alertado sobre a existência infinda dos filmes a respeito das tramóias correntes no Iraque e seus arredores? Pois bem, mais um. E esse eu já tinha até inserido comentário sobre no post anterior. Trata-se de O Reino (2007) dirigido por Peter Berg que não tinha feito nada expressivo antes deste filme – nem suas atuações perdidas em filmes diversos – e que finaliza recentemente Hancock o novo filme de Will Smith (que Deus tenha piedade de não traduzirem como “Meu Super Ex-Namorado”).
O roteiro de Matthew Carnahan, que como dito roteirizou também Leões e Cordeiros (2007), apela mais uma vez pro didatismo do conflito em voga. A diferença neste filme é que todo o plano altamente político-engajado é disfarce grosso para um filme que em suma é ação pura. A abertura inicial do filme é cansativa, assim como todos os momentos em que um dos personagens resolve ser a consciência discursiva dos entraves mil entre E.U.A e Iraque. Quando o filme desiste de tentar desmantelar o élan da coisa, ele assume seu lado “corre-corre” com cenas explosivas e todos os que tais do gênero aventuresco. Pra quem prefere (no fundo nem sabe se gosta) de películas assim é um prato cheio acompanhado com borda política.
Juntamente com as explosões iraquianas de O Reino, chega às lojas o primeiro “astro” dos filmes cotados para o último Oscar. Conduta de Risco (2007), escrito e dirigido por Tony Gilroy (roteirista da trilogia Bourne e de O Advogado do Diabo [1997]), é encabeçado pelo poderoso George Clooney, que além de galã, é engajado politicamente, escreve, dirige e atua bem. Seu nome é marca de sucesso na mercadologia de Hollywood e acresce status em tudo que está presente. Seu segundo filme como diretor, Boa Noite, Boa Sorte de 2005, completamente filmado em preto e branco, remontava à caça as bruxas comunistas do senador Joseph McCarthy. Instigante e preciso o filme foi indicado pra seis estatuetas incluindo filme e diretor. Embora Clooney realmente exalasse potencial artístico e genuíno dentro de uma indústria fadada a lugares comuns, naquele tempo já se apresentava uma posição demasiadamente exaltiva ao trabalho do ator-cineasta. Tal exacerbação pode ser comprovada com o seu recente trabalho. Mesmo que em Conduta de Risco, Clooney apenas atue (e bem – ponto), seu “toque de Midas” fez o filme emergir como um dos thrillers dramáticos de micro-política, mais bem realizados nos últimos tempos. O que não é! O filme embora conte com um roteiro eficaz e atuações fortes (Tilda Swinton levou a estatueta este ano como atriz Coadjuvante e Tom Wilkinson foi ainda mais merecidamente indicado, embora não tenha levado) é prático demais na direção. Existe certa economia nas cenas e pouca ousadia. Tal estaticidade perante o sagaz roteiro (problema interno do diretor-roteirista, que deve ter ficado muito mais “apegado” ao roteiro esquecendo de unir o ritmo do filme) não justifica as indicações que o filme recebeu para diretor e filme. Ficamos gratos que a megalomania com a presença de George Clooney tenha ficado por aí, pois acredite, dois dias depois de assistido, nada perdura.
Pretensões à parte, unem-se aos dois citados acima a comédia romântica Penélope (2006). Película independente, recheada de novos astros como Christina Ricci (a esquisitinha de A Família Adams [1991] e a “boazuda” do bem mais recente Entre o Céu e o Inferno [2006]), James McAvoy (astro em ascensão que figurou em películas como O Último Rei da Escócia [2006] e do injustiçado Desejo e Reparação [2007], filme indicado ao Oscar de melhor filme este ano) e – em rápida participação – Reese Whiterspoon, a “namoradinha” norte americana, vencedora da cobiçada estatueta da Academia em 2006 por Johnny e June (2005). O filme conta a inusitada história de uma garota herdeira de uma maldição familiar que a fez nascer com traços suínos. A mãe super protetora e neurótica esconde a filha do mundo anunciando sua morte e a mantém trancafiada em casa. Na adolescência a menina se expõe, e a mãe, para contornar anos de mentira, resolve arranjar lhe um pretendente a força; o problema é que todos fogem. Até que um deles, pouco envolvido com a história de fato, encanta-se com Penélope e a azarada moça decide se desprender dos grilhões familiares. O mote é básico, porém o que cativa no filme (além de uma fotografia muito bonita – que se encaixa perfeitamente, trazendo elementos góticos ao fantástico da história) são as construções dos personagens e suas relações. Embora seja praticamente um conto de fadas, as pessoas são reais, suas dificuldades e seus dilemas são plausíveis e seus relacionamentos francos. Fora que, a cereja do bolo do roteiro não está em tentar moralizar a platéia sobre as possibilidades discriminatórias de uma garota estranha, mas sim sobre o abuso negativo da imagem e das pessoas pelo circo midiático.
Gostaram? Não!? Problema de vocês... Eu gostei e todos deveriam fazer o mesmo. Grato.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Noite das Brincadeiras Mortais (April Fool's Day) [2008]


Vou confessar, sou fã dos filmes de terror da decada de 80... me deliciava com brinquedo assassino, O dia dos namorados macabro, o duende, entre outros.... naquela epoca toda data tinha um filme de terror (ate o dia da arvore, acreditem). Era uma epoca que o filme sempre tinha o mesmo plot: varios amigos, um assassino entre eles, um motivo imbecil. Mas pelo menos eram divertidos e as mortes legais. ai chegou os anos 2000... a nova era.... uma otima oportunidade de fazer filmes novos, abusando dos efeitos e das maquiagens hiper realistas???? Nesse caso não. essa versao moderna do filme é horrivel com um roteiro totalmente obvio, corrigindo, mais obvio do que era na decada de 80, sem sustos ou qualquer outra coisa que valha a pena perder meu santo tempo.... nem nudes gratuita, uma obrigação na saudosa decada de 80 tem!!!! terrivel, ttao terrive3l que nem vou me dar o trabalho de postar o link pra vcs assistirem... na verdade vou falar o final!!! estão prontos? todas as mortes sao de mentira!!!! heeeeeeee..... lindo.

Os Novos Velhos Lançamentos

Embora a promessa tenha sido de que na sexta os comentários acerca dos lançamentos seriam feitos, venho hoje cansado e atrasado tentar retratar minha falta (embora eu não esteja tão preocupado assim).
Novamente, o post será feito com acúmulo de informações inúteis (mas eu gosto), eu não vi dois dos três filmes citados – isso é que é classe! – e só vim porque eu gosto muito de um dos filmes... Satisfeitos? Não!? Nem eu...
Da última leva faltou comentar Santos e Demônios (2007) do diretor estreante Dito Montiel, que traduz para a película sua autobiografia. No elenco se misturam nomes de boas gerações antigas como Robert Downey Jr. (em ótima fase) e Dianne Wiest (mais lembrada como a benevolente vendedora da Avon em Edward Mãos de Tesoura [1990]; embora tenha feito o “clássico” dançante Footlose [1984]), com promissores astros contemporâneos como Shia Labeouf (o mais novo queridinho de Hollywood), Rosario Dawson (que esteve, entre outros filmes, em Sin City [2005] e O Balconista 2 [2006]) e menos badalado Channing Tatum que fez – pois é – Ela Dança, Eu Danço (2006). O filme, segundo consta, tem como mérito justamente a naturalidade das situações e atuações, contando uma história um tanto batida, um menino que cresceu em bairro pobre e deu certo na vida, de modo franco e conectado as mudanças deste mundo caótico atual.
Ao alcance das mãos de cinéfilos sedentos está também No Vale das Sombras (2007) do oscarizado e roteirista do momento Paul Haggis. Quem não lembra Haggis foi o escritor do filme premiado Crash – No Limite (2005) e do roteiro indicado pela academia ano passado de Cartas de Iwo Jima (2006), do diretor Clint Eastwood. Se já não bastasse tal apresentação de prêmios, o filme ainda conta com a protagonização de três figuras presentes – e ganhadoras – da estatueta mais cobiçada: Tommy Lee Jones (que venceu por O Fugitivo [1993] e foi indicado este ano justamente por este filme), Susan Sarandon que embora não compareça a festa (nem é convidada) há algum tempo devido a algumas desavenças políticas, já ganhou o Oscar pelo ótimo Os Últimos Passos de Um Homem (1995) e Charlize Theron que venceu recentemente por Monster – Desejo Assassino (2003).
O filme tem em voga o mais badalado assunto do momento. Adivinhe qual é?? A guerra no Iraque! (Como todos responderam certo, ninguém ganha nada...). A história é permeada por uma família a qual o filho some quando retornava do combate. Se você acha que já ouviu e viu história assim antes, achou certo. E eu espero que você seja esperto de saber que não será a última. O que vale do filme? Poxa, você leu mais acima, não? Contente-se com isso.
Deixei pro fim o meu mais querido filme a ser comentado, Hairspray (2007). A pelicula demorou mais de 6 meses pra chegar nas lojas, mas existem coisas que valem muito a pena esperar. O musical é uma mistura de um filme cultuado da década de oitenta de nome homônimo do diretor (consagrado como “maldito” pelos gostos e histórias peculiares) John Waters (é dele o bom Mamãe É de Morte [1994]), e do musical que adveio do filme e figurou com sucesso por muito tempo na Broadway. Recheado de detalhes interessantes, como o fato de que a mãe da protagonista sempre tem de ser um homem e a personagem principal tem de ser uma estreante, o filme resgata todo o mito construído acerca da logística da história e acrescenta um vigor juvenil em sua repaginação. Encabeçado por John Travolta renascendo das cinzas (movimento constante do astro) em retorno ao gênero que o lançou – fazendo uma mãe de casa obesa, porém leve – e outra atriz que resolveu ressurgir, Michelle Pfeiffer, aliado ao talento abundante (literalmente) de Queen Latifah e Christopher Walken. Fora o elenco semi-estelar de coadvantes atuais como James “Ciclope” Marsden, Amanda Bynes (a bonitinha de Tudo o Que Uma Garota Quer [2003] e Ela É o Cara [2006]) e o “ban-ban-ban” maquiado Zac Efron (o moç(a) que protagoniza o fenômeno pop High School Musical). Na história Tracy, uma alegre e avoada gordinha tenta entrar para um desvirtuador programa de dança, mas, obviamente e infelizmente, não se “encaixa” aos padrões. Embora ela seja apaixonada pelo inatingível bonitão da escola, Link, é com a turma de minoria dos negros que ela aprende a dançar e vai em tentativa a “miscegenação” dos ritmos. Tudo no filme é muito simpático, alegre e convidativo – como pouquíssimos filmes conseguem ser – para não dizer redondo (com ou sem trocadilhos). Trunfo para o diretor Adam Shankman que tinha no currículo (acho que ele apagou depois) Operação Babá (2005) e o clássico infanto-juvenil (desmerecidamente) Um Amor Para Recordar (2002).
Para todos, fica a dica de ir se divertir um pouco ao som alegre de Hairspray, e não se deixar levar pelo mau humor habitual das pessoas que decidem locar em tempos chuvosos. Vá dançar, povo!

terça-feira, 18 de março de 2008

2001 - Uma Odisseia No Espaço (2001 - A espace Odissey)



É triste, mas o motivo de eu postar este filme é informar a morte de um dos grandes escritores da ficção cientifica, Arthur C. Clarke.... um dos inventores do genero, nos presenteu com 2001 e 2010, otimos filmes, que tiveram a sorte de ter direções absurdas, sendo 2001 dirigido pelo imortal, fantastico e insuperavel Instanley Kubrick. Arthur tinha 90 anos. 5 linhas de silencio por ele.











O roteiro do filme narra acontencimentos desde a pré-história, onde um misterioso monolito negro parece emitir sinais de outra civilização, interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas a bordo da nave Discovery é enviada a Júpiter para investigar o enigmático monolito. Fantastico! Qualquer coisa menos que isto o torna menor do que é.





10 Lobinhos!!!!





2001 - A Space Odyssey.avi

Os Novos Lançamentos e A Vitória do Pleonasmo!

Para iniciar um novo percurso das palavras dentro deste espaço, começo apresentando uma idéia nada brilhante: lançamentos. Para quem prefere discursos sobre relíquias fílmicas, “bombas” valorosas e demais fenômenos bem vindos do mundo da sétima arte, sem dúvida, sentira-se afetado.
Sem muito me preocupar com os mesmos que ainda choram, sigo a relação. Antes de tudo, não custa tentar explicar (para aqueles que ainda estão reclamando lá atrás – e para todos também) que resolvi fazer deste um assunto corrente (mas não criativo), pois se trata de uma semana de boas surpresas ao alcance da mão de – quase – todos.
Temos repousando nas prateleiras nada mais, nada menos que um “Robert Redford”, um “Michal Winterbottom”, um “Lars Von Trier” e um “Wes Anderson”. Querem mais?! Bom, aí só na sexta quando eu comentarei dos outros lançamentos...
Para quem não sabe, Robert Redford, mais conhecido como suposto pai biológico de Brad Pitt (vide Jogo de Espiões [2001] de Tony Scott), já ganhou o Oscar de melhor diretor nos idos da década de 80 por Gente Como a Gente (justo seu primeiro longa como diretor) e não figurava com a câmera nas mãos desde 2000 (com um filme pouco expressivo). Seu retorno marca sua veia política ressaltada, dessa vez às voltas com um assunto já tido como “ultra” lugar comum: a guerra no Iraque. Sua direção “acadêmica” – pejorativamente - pouco contribui em Leões e Cordeiros (2007), um daqueles filmes enraizados em diálogos precisos.
O roteiro de Matthew Carnahan (escritor de O Reino [2007] – em breve nas lojas) permeia três histórias simultâneas (sinto uma pitada de Arriaga – roteirista da “trilogia do caos”: Amores Brutos [2000], 21 Gramas [2003], Babel [2006]) que dão uma aula e tanto sobre o panorama atual do conflito, suas conjunturas políticas e seus possíveis – e desastrosos – próximos capítulos. Atuando em cena juntamente com Meryl Streep (cadeira vitalícia da Academia) e Tom Cruise (bonitinho esforçado) o filme tem lá seus momentos. A personagem de Streep cresce ao longo da trama, Cruise segura bem as pontas e Redford não faz feio. Contudo são os coadjuvantes – entre eles o queridinho latino Michael Peña de Crash (2004) e outros – que dão uma ótima apimentada a receita. Não é um filme dispensável, afinal toda essa gente reunida faz a diferença, porém, se você prefere não ver o que já vê assistindo ou lendo qualquer jornal atualmente, não se dê ao trabalho.
Bem diferente é o caso de O Preço da Coragem (2007) do pouco famoso, porém muito interessante Michael Winterbottom. O cineasta ergue sua carreira com filmes muitos bons, entre eles Bem Vindo À Sarajevo (1997), o intrigante Nove Canções (2004) e o imperdível Caminho Para Guantânamo (2006) – se bem que eu perdi esse filme. Menos “glamourizado” que o filme anterior, Winterbottom resgata Angelina Jolie de papéis fúteis e lembrados apenas por atributos físicos e a coloca em meio a uma das histórias mais desesperadoras da mesma guerra do Iraque: o famoso caso do jornalista Daniel Pearl. Como a esposa grávida e atormentada do jornalista em busca por respostas, Jolie é símbolo de personagens que causam forte empatia com o público sem cair na melo dramatização. Mesmo porque as sacadas do diretor e sua maneira peculiar de combinar ficção com algo documental, faz do longa eficaz e tocante. Um dos filmes que não só explica o que se passa nas terras de Bin Laden (como dito, qualquer outdoor hoje em dia é capaz), contudo analisa e reflete sobre as conseqüências reais e próximas. Película esquecida pela Academia.
Menos requisitados e conhecidos, porém ainda mais apetitosos aos fãs, estão dividindo espaço O Grande Chefe (2007) do polêmico Lars Von Trier (Dogville [2003] e Manderlay [2005]) e Viagem À Darjeeling (2007) de Wes Anderson.
Wes é diretor do inesquecível Os Excêntricos Tenenbaums (2001), que fica como lição de casa (inclusive para mim) assistir a esse filme para entender a literal viagem da mais recente película do cineasta. Embora eu o tenha perdido em seu restrito circuito, sei que o filme é muito mais introspectivo, para não dizer hermético. O convite é dado, sem dúvida, pelas presenças enigmáticas de Adrien Brody (vencedor do Oscar por O Pianista [2002] de Roman Polanski), Owen “suicida” Wilson (fadado as comédias sem graça) e Jason Schwartzman (o esquisito rei Luis XVI de Sofia Copolla na recente versão de Maria Antonieta[2006]).
Já o chamariz de O Grande Chefe é tão somente o diretor. Outro filme que passou rápido demais pelo circuito (me deixando para trás também), inova na maneira de ser dirigida (jura?!). Sem a pretensão e astúcia dos demais trabalhos do diretor, Trier simplesmente pôs pra funcionar um software que dadas as condições da locação, calculava uma determinada e suposta melhor maneira de se captar a imagem e o som. Aventurando-se pela sagacidade das comédias, o diretor quis propor com o trabalho (ou a falta dele) o mesmo ambiente de grandes escritórios e corporações: tudo é mandado fazer e o chefe mesmo, nunca ninguém vê.
Perto dessas grandes obras (umas mais outras menos) fílmicas, não cabe espaço para comentar a pouca importância de Antes Só do Que Mal Casado (2007) dos irmãos Farelly. Tendo em mãos o maestro em canastrice Ben Stiller, os irmãos derrapam mais uma vez para machucar o pobre gênero das comédias – pobre no sentido de coitado. Deles são os chatos Quem Vai Ficar com Mary? (1998) e Amor em Jogo (2005). Salvam-se Eu, Eu Mesmo e Irene (2000), que não seria nada sem Jim Carrey e Ligado em Você (2003) que coloca Greg Kinnear e Matt Damon colados. Ou seja, em termos de genialidade humorística e irônica, eles seriam quase o oposto aos irmãos Cohen.
Até sexta outros longas devem chegar as locadoras de todo Brasil (embora no Acre demore um pouco mais e na 25 de Março eles já sejam antigos) e eu retornarei tentando convence-los – por bem ou por mal – a assistirem. Ou não.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Corra Lola, Corra (Run Lola, Run)



8 Lobinhos

Run Lola Run (dixv)

Norbit (Norbit)

Putz, queria resenhar esse filme mas não acho a palavra....
qual era mesmo???? deixa eu pensar..... a sim!!!
E A PIOR COMEDIA QUE EU TIVE O DESPRAZER DE COLOCAR MEUS OLHOS CHEIO DE REMELA!!! EU O ODEIO COMO ODEIO UM CÃO SARNENTO E PREFIRO ENFIAR MEU POLEGARES EM MEU OLHOS DO QUE ASSISTIR ESSE LIXO ABSURDO NOVAMENTE!!!! ESPERO QUE O ROTEIRISTA E O GRUPO QUE APROVOU ESSE FILME FIQUEM ESTEREIS !!!!

ACHO QUE ERA ISSO... É SÓ.









1 Lobinho

Norbit[2007]DvDrip[Eng]-aXXo

Noite do Terror (See no Evil)



2 Lobinhos

See.No.Evil[2006]DvDrip.AC3[Eng]-aXXo

sexta-feira, 7 de março de 2008

Liga da Justiça - A nova Fronteira (Justice League - New Frontier)

Eu sempre tremo quando vejo saindo esses especiais.... a morte do supermam por exemplo foi horrivel!!!!Mesmo os seriados, como "O Batman" e Liga da Justiça Sem limites, tambem deixam um pouco a desejar às vezes com historinhas fracas e cliches. Não que esse especial não tenha clichês, ao contrário, está lotado deles, mas de uma forma muito bem elaborada e sem exageros, com varias homenagens, para que os fãs da DC nos aureos tempos sem matem de prazer.... Só peca talves pelo escesso de personagens pipocando na tela (Aquaman é super importante acreditem...) Lanço um desafio para acharem um cena de Watchmen no meio do desenho....
Esse especial mostra, de uma maneira mais adulta e tentando ser fiel ao que era quadrinho na decada de 50 e 60 conhecida como era de prata, o nascimento dos herois que conhecemos hoje, mais em particular Hal Jordan o maior lanterna verde de todos os tempos. Com vozes de David Boreanaz, Lucy Lawless(Lucy quem??? a Xena Animal!!!!), Joe Mantegna e Jeremy Sisto.









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